Embarcações que estavam sendo usadas para garimpo ilegal no Rio Corumbá foram destruídas pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Goiás. Em patrulhamento náutico pelo Rio Corumbá, as equipes flagraram duas balsas realizando a extração de ouro. Na primeira havia três indivíduos e a atividade estava devidamente licenciada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), e após revista e conferência dos ocupantes não foi constada irregularidade. No entanto, na vistoria da segunda balsa a equipe se deparou com dois indivíduos que fugiram assim que a corporação se aproximou.
Foram realizadas buscas na embarcação onde encontraram balança de precisão, anotações da quantidade de ouro retirada, apetrechos comumente usados na extração clandestina e uma quantidade de mercúrio, metal líquido altamente poluente usado na depuração do minério. O batalhão informou que foi procedida a apreensão de todo esse material e a embarcação foi destruída.
Diferentemente do garimpo ilegal que acontece em outros pontos do Brasil, como Roraima e os Yanomami, por exemplo, os garimpeiros em Goiás não se estabelecem em pontos fixos para praticar o chamado “garimpo de barranco”. Na terra dos Yanomami, os garimpeiros usavam máquinas pesadas para gradualmente desfazer morros, então lavavam o produto da escavação em rios e transportavam o ouro encontrado por via aérea.
Em vez disso, em Goiás, se pratica o chamado “garimpo de balsa”. Por alguns dias, os garimpeiros ilegais vivem a bordo de balsas metálicas com cerca de 25 metros quadrados que eles mesmos fabricam. Ancoradas em regiões de difícil acesso, cobertas por matas ou cercadas de pedras, as balsas podem se mover rápida e furtivamente enquanto os garimpeiros lavam cascalho para buscar por minérios.
A Operação Ilicitum Aurum já realizou nos últimos dois dias 41 prisões em flagrante e recapturou 37 foragidos da Justiça. Além disso, foram apreendidas cinco armas de fogo, sendo dois revólveres calibre 38; duas espingardas calibrem 20 e 36; uma carabina 22. Foram apreendidas 18 munições.