O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou, na última semana, Daniel Moraes Bittar e Gesielly Souza Vieira por sequestro e estupro de uma menina de 12 anos, em Luziânia. Daniel foi sentenciado a 45 anos e 9 meses de prisão, enquanto Gesielly recebeu uma pena de 29 anos e 2 meses. Além disso, ambos foram condenados a pagar R$ 80 mil cada um à vítima por danos estéticos e morais. As defesas já anunciaram que vão recorrer da decisão.
Em 28 de junho de 2023, a menina foi sequestrada nas proximidades de sua escola no Jardim Ingá, em Luziânia, por volta do meio-dia. De acordo com as investigações, Gesielly desceu do carro, sedou a criança com um pano embebido em clorofórmio e a colocou no banco de trás do veículo. Em seguida, a vítima foi levada para o apartamento de Daniel na Asa Norte, em Brasília, onde foi mantida em cativeiro.
Dentro do apartamento, a polícia encontrou a criança algemada nas mãos e nos pés, deitada na cama. Segundo o depoimento da vítima, Daniel tocou seu corpo de maneira inadequada. Além disso, os policiais apreenderam material pornográfico, máquinas de choque, fita adesiva e um galão de clorofórmio no local.
Daniel Moraes Bittar foi filmado confessando o crime em frente ao seu prédio. No vídeo, ele admite que a menina estava em seu apartamento. A polícia conseguiu localizar a vítima horas após o sequestro, graças a informações obtidas durante a investigação.
A sentença foi proferida pelo 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília. Daniel Moraes Bittar permanecerá preso enquanto recorre da decisão. Já Gesielly Souza Vieira, que está respondendo em liberdade, poderá recorrer da sentença fora da prisão.
Os crimes pelos quais ambos foram condenados são de extrema gravidade e causaram grande comoção na comunidade. A severidade das penas reflete a seriedade com que o judiciário trata casos de violência sexual e sequestro de menores.
O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em julho de 2023, um mês após o crime ter ocorrido. A investigação apontou que Gesielly teve um papel ativo no sequestro, facilitando a captura e transporte da vítima até o apartamento de Daniel. A colaboração entre os dois foi decisiva para o sucesso da operação criminosa, resultando em penas severas para ambos.
As defesas de Daniel e Gesielly afirmaram que irão recorrer da decisão, alegando que a condenação foi injusta. Os advogados de Daniel contestam a extensão da pena e a avaliação das provas apresentadas durante o julgamento. A defesa de Gesielly, por sua vez, argumenta que sua cliente não teve envolvimento direto nos abusos e que a pena foi desproporcional.
O caso gerou intensa repercussão nas redes sociais e entre moradores do Entorno e do Distrito Federal.