A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) informou, no último sábado (21), que o incêndio no Parque Estadual dos Pireneus (PEP) foi controlado e que não há mais linhas de fogo ativas. Contudo, devido à presença de pontos de reignição, as equipes continuam realizando o trabalho de rescaldo, que deve permanecer por tempo indeterminado até que todos os focos estejam totalmente eliminados. O objetivo é garantir que o fogo não volte a se espalhar, preservando o máximo possível da vegetação remanescente.
O Parque Estadual dos Pireneus, também chamado popularmente de Parque dos Pireneus, é muitas vezes confundido com "Pirineus", uma grafia incorreta. Ele está localizado na Serra dos Pireneus, entre os municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás, e é uma importante área de preservação ambiental no Estado de Goiás. O parque é conhecido por sua rica biodiversidade, com várias espécies endêmicas de fauna e flora, além de ser um destino turístico para ecoturismo, como trilhas e observação da natureza.
A informação mais atualizada sobre a área atingida pelo fogo revela que 1.059 hectares de vegetação foram consumidos pelas chamas, resultado tanto do atual incêndio quanto de uma queimada anterior, ocorrida em agosto deste ano. Esse número representa cerca de 37% do total da área protegida do parque, que abrange uma área considerável de ecossistemas do cerrado. Embora a extensão dos danos seja preocupante, 63% do parque permanece intacto e preservado, o que é crucial para a regeneração natural da vegetação e a manutenção da biodiversidade local.
O incêndio teve início na última quarta-feira (18) e, desde então, o combate envolveu uma força-tarefa composta por bombeiros, brigadistas voluntários do grupo Gavião Fumaça, servidores da SEMAD e brigadistas contratados pelo Estado de Goiás. Na sexta-feira (20), o esforço recebeu o apoio adicional de equipes especializadas em prevenção e combate a incêndios florestais dos bombeiros, o que contribuiu significativamente para o controle do fogo. O trabalho coordenado dessas equipes, aliado ao uso de técnicas especializadas, foi essencial para conter a propagação das chamas e evitar maiores danos à área preservada.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, em um vídeo publicado nas redes sociais da SEMAD na última quinta-feira (19), há suspeitas de que o incêndio tenha sido provocado por ação criminosa. A secretária já solicitou o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar na investigação e identificação dos responsáveis, além de reforçar a segurança no parque para evitar novos incidentes. Vulcanis destacou a importância de punir os responsáveis por crimes ambientais, considerando os impactos devastadores que essas ações têm sobre o ecossistema e a vida silvestre local.
O Parque Estadual dos Pireneus permanece fechado para visitação pública e, até o momento, não há previsão de reabertura. A decisão de manter o parque fechado visa garantir a segurança dos visitantes, além de permitir que os trabalhos de rescaldo e recuperação ambiental sejam realizados sem interrupções. As autoridades ambientais alertam para o cuidado necessário com áreas de conservação como o PEP, que são extremamente vulneráveis a incêndios durante a seca, e reforçam o pedido para que a população denuncie qualquer atividade suspeita ou ilegal em regiões de preservação ambiental.
Com a previsão de clima seco nos próximos dias, os esforços de monitoramento e prevenção continuarão intensificados na região, a fim de evitar novos focos de incêndio e garantir a preservação do bioma cerrado, que é essencial para o equilíbrio ecológico da região.