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Educação FUTURO

Curso mais concorrido em federal goiana, IA é tendência no mercado no estado

Crescimento da área reflete no ensino superior e impulsiona o mercado de tecnologia no Entorno do DF

04/02/2025 20h00
Por: Redação
Curso mais concorrido em federal goiana, IA é tendência no mercado no estado

O curso de Inteligência Artificial (IA) desbancou Medicina e alcançou o topo das notas de corte na Universidade Federal de Goiás (UFG) pelo Sistema de Seleção Unificado (SISU) 2025. A crescente demanda pelo setor fez com que a nota de corte do curso atingisse 811 pontos, superando Engenharia de Software (799 pontos) e Medicina (798 pontos).

A ascensão da IA no meio acadêmico reflete um movimento do mercado, que busca cada vez mais profissionais capacitados para atuar no setor. Segundo Eliomar Araújo, diretor do Instituto de Informática da UFG, a mudança nas notas de corte acompanha a demanda do setor produtivo. “Cada vez mais, as empresas querem profissionais especializados em tecnologia, especialmente em IA, que tem um impacto direto na eficiência e inovação dos negócios”, afirmou.

Nos últimos anos, a diferença entre as notas de corte dos cursos de IA e Medicina já vinha diminuindo. Em 2023, a nota de corte da Inteligência Artificial foi de 778 pontos, enquanto Medicina ficou com 795. No ano seguinte, IA alcançou 795 pontos, apenas 10 a menos que Medicina, que teve 805. Agora, a virada se concretizou, consolidando a área tecnológica como a mais concorrida na UFG.

O crescimento do interesse pelo curso se justifica pela expansão da Inteligência Artificial em diversos setores. O criador de conteúdo Lucas Lenzi, que atua em Anápolis, destaca que três fatores têm impulsionado essa tendência: avanço tecnológico, aumento do volume de dados e crescimento do investimento empresarial na área. “A tecnologia evoluiu muito, temos computadores mais potentes e algoritmos cada vez mais inteligentes. Além disso, as empresas entenderam que a IA é uma ferramenta essencial para reduzir custos e otimizar processos”, explicou.

Apesar das oportunidades, o setor também apresenta desafios para os profissionais. Lenzi aponta que não basta saber programar, é necessário conhecimento em estatística, matemática e ética. “A tecnologia está sempre mudando. Quem trabalha com IA precisa estar em constante aprendizado para não ficar para trás”, afirmou.

Outro ponto de destaque é o impacto da Inteligência Artificial nos mais variados setores da economia. Segundo Lenzi, a presença da IA já é marcante na saúde, no comércio, na indústria e na criação de conteúdo digital. “Ela auxilia médicos no diagnóstico de doenças, detecta fraudes no setor financeiro, personaliza experiências no varejo e revoluciona a produção de conteúdo na internet”, disse.

A mudança também é percebida no setor criativo, como no design. O designer Paulo Fley, também de Anápolis, usa ferramentas baseadas em IA para otimizar seu trabalho. “Utilizo o Adobe Firefly para edição de imagens, o Topaz para melhorar a qualidade de fotos e plataformas como Leonardo AI e Midjourney para criação de imagens”, explicou.

Para ele, a maior dificuldade na adoção da IA foi aprender a fazer as perguntas certas e definir os melhores parâmetros para obter resultados precisos. “Foi um processo de tentativa e erro, mas com o tempo fui aprimorando com a ajuda de chatbots e outras ferramentas. Eles me auxiliam na organização de textos, correção ortográfica, criação de prompts para outras IAs e solução de dúvidas cotidianas. Já os utilizei até como ferramenta de simulação de diálogo, seja para entrevistas ou para ensaiar conversas difíceis”, afirmou.

O impacto da IA no mercado de trabalho é inevitável e quem não se adaptar pode perder espaço. “Acredito que, em menos de cinco anos, quem não souber utilizar a IA como ferramenta auxiliar ou principal terá dificuldades de se manter competitivo. A produtividade que essas ferramentas oferecem é um diferencial”, destacou Fley.

A tendência é que a Inteligência Artificial se torne cada vez mais acessível, permitindo que mesmo pessoas sem formação técnica possam utilizá-la. No entanto, junto com os avanços, surgem desafios relacionados à regulação e ao uso ético da tecnologia. “À medida que a IA se torna mais presente no dia a dia, é essencial garantir que ela seja usada de maneira responsável. Esse equilíbrio entre inovação e ética vai ser um dos grandes desafios das próximas décadas”, ressaltou Lenzi.

 

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