A Secretaria de Saúde, em parceria com a Junta Reguladora de Buritis, promoveu na última semana um curso de capacitação destinado aos profissionais de saúde do município. Os profissionais da atenção primária, atenção secundária e o serviço especializado da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) dedicaram-se a compreender a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
Essa iniciativa visa padronizar a linguagem e criar uma base conceitual sólida para medir a funcionalidade e capacidade dos pacientes da região. Investir na capacitação desses profissionais é investir na vida dos habitantes.
Estima-se que, somente no Brasil, das 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais, 1,3 milhão passem por negligência ou imprudência durante o tratamento médico todos os anos. São quase 55 mil mortes por ano no país, o que equivale a seis por hora, devido a erros médicos. Dentre os principais erros estão: análise equivocada de exames, falta de atendimento humanizado, realização de cirurgias desnecessárias, diagnósticos equivocados, erros no preenchimento de prontuários, falha no sigilo médico, falta de comunicação entre colegas de trabalho, falta de medidas para evitar infecções, determinação de internações muito longas ou muito curtas e negligência na administração do consultório. Os dados são do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG).
Para evitar que tais situações ocorram, a palestrante Cláudia Garcia também discutiu as falhas do sistema de saúde, ações para evitar erros e desenvolvimento profissional. Afinal, como sempre, o paciente é e deve ser o foco do cuidado. É necessário um esforço por parte das instituições médicas e dos órgãos reguladores para abordar o tema na educação médica o mais precocemente possível e reforçá-lo durante o exercício profissional diário, a fim de que os erros médicos sejam cada vez menos vivenciados e mais fiscalizados e reportados.